O Fascismo

O fascismo foi um movimento político, fundado em Milão em março de 1919, que defendia a superioridade dos conceitos de nação, Estado e raça sobre os valores individuais e foi representado por um governo autocrático, liderado por  de um ditador chamado Benito Mussolini com o objetivo de retomar a história do povo italiano.
O programa oficial do movimento foi publicado em junho de 1919 e algumas de suas reivindicações eram: jornada de trabalho de 8 horas, representação proporcional no Parlamento, abolição do Senado do Reino, formação de uma milícia que atuasse paralelamente ao Estado e maior atuação da Itália no cenário internacional.



Milícias

A partir de então foram fundados diversos "fascios" em toda Itália e o movimento começou a ganhar sua primeira expressão: milícias paramilitares, os Camisas Negras. Estes atacaram sindicatos, jornais e movimentos políticos, espancaram grevistas, intelectuais críticos ao fascismo, membros das ligas camponesas e de qualquer outro grupo que se manifestou de forma contrária ao ideal fascista. 
Em 1921, os "fascios" foram responsáveis pelo assassinato de cerca de 600 italianos. Em novembro deste mesmo ano, Mussolini transformou o movimento fascista no Partido Nacional Fascista, quando sua doutrina começou a ser mais bem elaborada
O Estado fascista foi responsável pela eliminação da luta de classes, suprimindo as organizações trabalhistas.O fascismo também pregou a censura, o anticomunismo e o anti-sindicalismo. 
Tudo no fascismo foi teatral e grandioso. Mussolini foi um líder carismático que contagiou  multidões. Seus discursos inflamados acalentaram tanto a classe média, que sofria com a recessão pós-guerra, como as elites industriais, que temiam o avanço das organizações trabalhistas.  Em maio de 1922 o Partido Fascista contava com 322 mil filiados. 

A chegada ao poder

Em de outubro de 1922, no vigésimo quarto dia,  em Nápoles, os fascistas passaram a exigir publicamente a chefia do governo e foi organizada uma demonstração de força: o desfile de milhares de Camisas Negras pelas ruas de Roma, em 28 de outubro de 1922, data que ficou conhecida como a Marcha sobre Roma. Com o apoio de empresários, militares e diversos juízes, o rei convocou Mussolini - que compareceu à presença do rei vestindo a camisa negra do fascismo - para assumir o governo. 

Declínio e derrota

Em junho de 1940 a Itália declarou guerra à Inglaterra e à França, mas só tinha munição para dois meses de combate. Mesmo assim, Mussolini teve total apoio do rei Vítor Emanuel 3º e das Forças Armadas para entrar na Segunda Guerra Mundial ao lado de Hitler, pois todos acreditavam que a vitória do Eixo sobre os Aliados (Inglaterra, EUA e União Soviética) seria rápida. 

Em outubro de 1940, a Itália atacou a Grécia e foi derrotada.  As tropas gregas, bem preparadas, expulsaram os italianos, chegando até a fronteira da Albânia. Em abril de 1941, a Alemanha teve que enviar tropas para socorrer os italianos.  Mesmo nessa situação lastimosa, em junho de 1941 Mussolini enviou 230 mil homens para se juntarem aos alemães na invasão da URSS.

Diante de tantos fiascos, Mussolini passou a sofrer críticas da população italiana: O alento que Mussolini não conseguia dar ao povo italiano, a Igreja Católica se esforçava por oferecer: o Papa Pio 12  passou a ser mais admirado que o líder fascista.

Em 1942, os alemães começaram a sofrer suas primeiras derrotas. O Eixo perdia forças. Ao mesmo tempo, no norte da Itália, os Aliados bombardeavam várias cidades.
Em maio de 1943, as forças do Eixo se renderam no norte da África: 200 mil italianos foram feitos prisioneiros.
Incontáveis derrotas das Forças Armadas italianas, falta de apoio popular, presença de inimigos em solo italiano e denúncias de corrupção no Partido Nacional Fascista levaram Mussolini  a perda do poder e em 25 de julho de 1943 ele foi preso.
A partir daí o fascismo entrou em declínio. A Itália se manteve ao lado de Hitler na guerra, mas buscava, em segredo, negociar a paz. Nas ruas da Itália, a população destruiu os símbolos fascistas e a exigiu a liberdade dos prisioneiros condenados pelo Tribunal Especial Fascista                                                                                                                                                     

Armistício e República de Salò

Em 5 de setembro de 1943 o rei Vítor Emanuel 3º assinou o armistício e fugiu da cidade de Roma, que foi tomada pelos Partigiani, a Resistência Italiana, grupo que lutava contra o Eixo.
A Itália, então, se dividiu em duas: o sul ficou sob domínio dos Aliados e o centro e o norte, sob domínio nazista.
Em novembro de 1943 Mussolini foi resgatado da prisão e fundou o Partido Fascista Republicano.
A República de Salò, nome dado a essa nova fase do fascismo na Itália, não era nada mais que uma forma de Hitler manter o domínio sobre o norte italiano. Na verdade, Mussolini já não tinha o apoio de seus compatriotas. 

Morte de Mussolini e derrota Italiana

Em junho de 1944, os Estados Unidos tomaram Roma. Poucos dias depois, os Partigiani iniciaram ataques às tropas nazistas. 
Em 27 de abril de 1945, Mussolini e sua amante, Clara Petacci, foram capturados pelos Partigiani. Rapidamente julgados, foram executados e seus corpos expostos na Piazzale Loreto, em Milão.
Em 2 de maio de 1945, os nazistas se renderam na Itália e longa ditadura fascista sobre o povo italiano teve fim.

 Em 1946, a monarquia foi substituída pela República e em 1947 a Itália assinou os tratados de paz .

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